Abaixo assinado contra a PEC 37

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Senador Pedro Taques, Vossa Excelência, conforme seu curriculo é um cidadão de bem, bastante preparado e portanto passivel de receber nossos elogios, coisa rara atualmente no quadro político, mas, permita-me discordar em um ponto: na qualidade de Delegado de Polícia de São Paulo, com vencimentos aviltados a partir do acesso ao comando do Estado pelo Partido PSDB+DEM (tucanos e domocratas) entendo que o fiscal da lei deveria se esmerar em prover às polícias que cada uma fizesse exatamente aquilo que está inteligentemente instituido pela nossa Carta Constitucional, da qual o senhor também se diz defensor… reclamando, portanto, aos poderes públicos de cada Estado e mesmo Federal, para que garantam os recursos necessários, sem camuflagem ou piroctinia orçamentária, para que assim exerçam a contento suas funções.
Ao contrário, vemos o Ministério Público, em todo o País, arvorar-se como paladido da honradez, da perfeição divina, atacando os policiais civis e aliando-se aos policiais militares (comandantes, por certo) a usurparem nossas funções. A grampolândia que se expandiu, conforme largamente noticiado na mídia, está a comprovar tais ilegalidades e abusos. Afora policiais da caserna à disposição daqueles em buscas e apreensões, etc.
Creia nobre Senador, vivenciando de perto as carências sociais e também nos quadros das Polícias Civis, primeiro órgão a dar ao cidadão civil uma resenha de direitos, lamento que essa caça às bruxas seja apenas um engodo, buscando poder pelo poder, nada de concreto somando à vida daqueles, os desvalidos.
Assim, a PEC 37, que o senhor agora vem combatendo, por certo de maneira parcial, enfocado pela memória de órgão acusador, é sim uma garantia Constitucional antes de mais nada ao cidadão, repartindo funções, freios e contra-pesos que salutarmente se anulam uns aos outros quando de ações mais exacerbadas…
Se cada um fizesse a sua parte, inclusive seus colegas, representantes dos Ministérios Público, fazendo com que as Instituções se fortalecessem para executarem seus papeis, certamente a sociedade teria um ganho enorme, em especial no âmbito da JUSTIÇA, nome que alias compõe a função do promotor, e não ACUSADOR, como muitos parecem desejar apenas, numa atitude vil e falivelmente humana, que nada lhe enobrecem, conquanto despreocupados se beiram à tirania que outrora afirmaram dispostos a combater.
Sim, tirania, arbitrariedade é o que resta das campanhas, consequentemente das denúncias tendenciosas, que apenas contam aquilo que lhes convém, deixando encobertos eventuais falas contrárias, que possam lhes trair os desejos obscuros. Um ser justo, divino, jamais agiria dessa forma, e os homens, por mais evoluidos que se achem não são divinos, o que torna imprescindível a vigilância de uns sobre os outros. A PEC 37 tão somente traz em seu âmago exatamente essa possibilidade “de que cada um faça a sua parte”, como alias a Constituição o faz, ou seja, sendo apenas reafirmação do que o Constituinte já decidiu a duas decadas, demonstrando, novamente, ser repetitiva essa manobra, essa sanha de promotores de ACUSAÇÃO em se assenhorarem de função que não possuem.
Como cidadão, conhecedor das carências e mazelas das insituições policiais clamo para que se esqueça de sua velha função e exerça seu mandado em prol de todos os brasileiros, sem paixões.